A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) anunciou a ampliação dos leitos de Unidade de Terapia Semi-Intensiva e Intensiva pediátrica em razão do aumento de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que inclui doenças como bronquiolite, especialmente entre bebês e crianças pequenas.
Segundo o painel de monitoramento da própria Sesacre, dos 20 leitos disponíveis para cuidados intensivos pediátricos no Hospital Infantil Iolanda Costa e Silva, em Rio Branco, 19 estavam ocupados nesta segunda-feira. Já entre os 50 leitos clínicos, 48 estavam sendo utilizados, o que acendeu o alerta para um possível colapso na rede pública de atendimento.
Socorro Elizabeth Rodrigues de Souza, gerente-geral do Sistema Assistencial à Saúde da Mulher e da Criança (SASMAC), informou que, além dos 10 novos leitos de enfermaria que estão em fase final de implantação, o planejamento prevê a abertura de outros 10, se houver necessidade, ampliando para 70 o total de vagas destinadas à internação pediátrica.
A médica intensivista Fabiana Marques reforça a importância da atenção aos sintomas respiratórios em crianças, especialmente nas menores de seis meses. “Entre os sinais de alerta estão a recusa alimentar, sonolência excessiva, diminuição do volume de urina, cansaço e desconforto respiratório, que pode surgir de forma súbita e evoluir rapidamente. Ao menor sinal desses sintomas, os pais devem procurar atendimento médico”, orienta.
Cuidados e prevenção
Para evitar a exposição a vírus respiratórios, a especialista recomenda que pais evitem levar crianças a locais com aglomeração, como shoppings, igrejas e supermercados. Ambientes ventilados, a retirada de objetos que acumulam poeira — como pelúcias — e a eliminação de fumaça de cigarro no ambiente também são medidas fundamentais.
Sobre a prevenção da bronquiolite, Fabiana Marques destaca a importância da vacinação das gestantes. “As vacinas contra o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por boa parte dos casos de bronquiolite, estão disponíveis para as gestantes. A mãe vacinada transmite anticorpos ao bebê ainda no útero, garantindo proteção nos primeiros meses de vida. Além disso, manter o aleitamento materno exclusivo até os seis meses é essencial para fortalecer a imunidade dos recém-nascidos”, conclui.
Redação Semear Notícias.
