Em meio a uma crescente demanda por energia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para estimular a retomada da indústria carvoeira no país. A medida busca enfrentar a crise energética declarada por seu governo e tenta reverter a queda significativa no setor, que perdeu quase metade dos empregos ao longo da última década.
O carvão, que já respondeu por 50% da matriz energética norte-americana, atualmente representa cerca de 20%. Para estimular sua produção, a nova diretriz presidencial prevê a liberação de até 200 bilhões de dólares em empréstimos para empresas do setor. A iniciativa visa restaurar a competitividade da indústria e atender à crescente demanda energética impulsionada por tecnologias emergentes como veículos elétricos, mineração de criptomoedas e inteligência artificial.
A decisão, no entanto, reabre o debate sobre os impactos ambientais da matriz energética fóssil. A reativação de usinas termoelétricas, mais poluentes que outras fontes de energia, contraria a tendência global de transição para energias renováveis. Desde seu retorno à Casa Branca, Trump voltou a retirar os EUA do Acordo de Paris, reiterando sua postura cética em relação às metas climáticas internacionais. Seu foco, afirma, é garantir segurança energética e fortalecer a indústria nacional.
A proposta enfrenta resistência de ambientalistas e parlamentares contrários à reversão de políticas ambientais, além de encontrar competição acirrada com fontes de energia mais limpas e sustentáveis, cuja expansão tem sido crescente nos Estados Unidos. Ainda assim, o governo insiste que a independência energética é vital para a estabilidade econômica e geopolítica do país.
A ordem executiva também orienta a Comissão Federal de Comércio a atuar em conjunto com o Departamento de Justiça na aplicação das leis de concorrência no setor de entretenimento, ampliando o alcance regulatório do governo federal sobre diferentes áreas da economia.
A aposta de Trump no carvão reflete sua visão nacionalista, marcada por incentivos à produção interna e pela rejeição a acordos multilaterais, especialmente os voltados à pauta climática.
Redação Semear Notícias.
