O número de vítimas fatais do terremoto de 7,7 graus de magnitude que atingiu o centro-norte de Mianmar na última sexta-feira (29) ultrapassou 2.000, segundo informações tanto da junta militar que governa o país quanto da oposição pró-democracia. O porta-voz da junta, Zaw Min Tun, confirmou à Agência EFE que o total de mortes chegou a 2.056, enquanto mais de 3.900 pessoas ficaram feridas.
Já o Governo de Unidade Nacional (NUG), que se opõe à junta militar e controla algumas regiões do país, divulgou um número ainda maior: 2.418 mortos até a noite de 31 de março. O grupo afirma que muitas pessoas seguem desaparecidas e que os dados foram coletados por suas equipes de monitoramento e fontes confiáveis.
Equipes internacionais de resgate conseguiram chegar a algumas das áreas atingidas, como as cidades de Naypyidaw e Mandalay, mas muitas regiões devastadas ainda aguardam assistência. Segundo o NUG, a situação é agravada por problemas no fornecimento de eletricidade, internet, transporte e segurança, dificultando uma resposta rápida ao desastre.
A ONU alertou que os hospitais estão sobrecarregados e que muitas pessoas estão dormindo ao relento, temendo novos tremores secundários. Além disso, a previsão de chuvas fortes pode piorar a situação, especialmente para aqueles que perderam suas casas. A organização pediu que a ajuda humanitária seja entregue sem impedimentos, em meio ao cenário de crise econômica e conflito interno que assola o país desde o golpe militar de 2021.
Enquanto isso, veículos de comunicação independentes, como o portal Mizzima, estimam que o número de mortos já ultrapassa 3.000 e denunciam que a assistência prestada pela junta militar tem sido insuficiente.
Redação Semear Notícias.