Reajuste nos Medicamentos: Impacto, Avaliação do Setor e Dicas para Economizar

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Desde a última segunda-feira (1º), entrou em vigor um novo reajuste nos preços dos medicamentos no Brasil. A medida foi oficializada por meio de publicação no Diário Oficial da União, estabelecendo um limite para os aumentos, conforme determinação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CEMED).

O economista Rubicleis Gomes explica que o reajuste anual é obrigatório por lei, mas traz um aspecto positivo este ano: “O maior aumento foi de 5,06%, percentual inferior à inflação acumulada dos últimos 12 meses. Os reajustes são divididos em três categorias, sendo que os remédios com maior oferta de genéricos sofreram o maior acréscimo. Já os medicamentos sem versões genéricas ou similares terão um aumento menor, de 2,6%.”

Apesar de o reajuste ter ficado abaixo da inflação, seu impacto deve ser mais significativo para idosos, pessoas com doenças crônicas e famílias de baixa renda, que destinam parte considerável do orçamento à compra de medicamentos. Segundo Gomes, a questão salarial no Brasil também agrava a situação: “Mesmo com o reajuste real do salário mínimo este ano, ele ainda não cobre adequadamente as necessidades básicas da população. O Brasil continua tendo um dos menores salários da América Latina.”

Setor farmacêutico avalia o impacto

Edson Cruz, empresário e dono de uma rede de farmácias, ressalta que o reajuste deste ano está entre os menores da última década. “Nos últimos oito anos, os aumentos foram bem mais expressivos. Embora ninguém goste de reajustes, essa atualização de preços é uma determinação nacional. Como estamos no varejo, o impacto acaba chegando ao consumidor, pois vem das indústrias.”

Além disso, a CEMED exige que todas as empresas do setor farmacêutico divulguem amplamente os preços dos medicamentos em veículos de grande circulação. Para Cruz, essa transparência permite que os consumidores busquem melhores preços.

“A recomendação é sempre pesquisar antes de comprar. Muitas farmácias realizam promoções e competem nos preços, então vale a pena comparar para encontrar a melhor alternativa.”

Diante do reajuste, especialistas sugerem que os consumidores fiquem atentos às mudanças e busquem estratégias para reduzir os impactos financeiros, como comparar preços entre farmácias e optar por medicamentos genéricos sempre que possível.

 

Redação Semear Notícias.

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