Após 26 anos à frente do Exaltasamba, um dos grupos mais emblemáticos do pagode nacional, Péricles decidiu seguir carreira solo em 2012 — uma virada que, segundo ele, exigiu coragem e um salto no escuro. Em entrevista ao canal Prosperidade 360º, comandado pela cantora Luiza Possi, o artista falou abertamente sobre o processo de reinvenção após deixar a banda que o consagrou.
“Foi como pular num abismo sem saber o que tinha no fundo. Mas em certos momentos da vida, você precisa ir com medo mesmo”, contou. A decisão, embora difícil, foi tomada com o intuito de preservar o legado construído e buscar novos caminhos profissionais. “Naquele primeiro momento eu não tinha nada: não tinha banda, não tinha estrutura. Só a vontade e a necessidade de continuar”, acrescentou.
Já na nova fase, Péricles percebeu rapidamente que ser artista solo exigia muito mais do que cantar: ele precisava entreter, manter o público atento do início ao fim, e ocupar sozinho o palco. “É completamente diferente. Em grupo, cada um tinha seu momento, o show fluía naturalmente. Sozinho, eu fazia uma hora de apresentação e saía esgotado. No começo, foi bem difícil.”
Mesmo diante dos obstáculos, ele afirma que foi justamente o medo que o impulsionou a enfrentar os desafios de frente. Com o tempo, foi encontrando seu ritmo, reconectando-se com o público e consolidando uma carreira solo de sucesso.
Sempre inquieto e em busca de renovação, Péricles destacou a importância de continuar lançando novas músicas, agradando aos fãs antigos e, ao mesmo tempo, conquistando novos ouvintes. “A gente não pode se sentir parado. Tem sempre alguém que nunca me ouviu, e é por isso que eu sigo buscando, trabalhando, me reinventando”, finalizou.
Redação Semear Notícias.
