Após mais de sete meses de paralisação, os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) voltaram ao trabalho. Cerca de 300 profissionais que participaram da greve iniciam agora a reposição dos atendimentos que deixaram de ser realizados no período. A expectativa é de que, com o retorno, o serviço à população comece a ser gradualmente normalizado.
De acordo com o INSS, as perícias que não ocorreram durante a greve serão automaticamente reagendadas para os profissionais que não aderiram à paralisação. Já os segurados que necessitam de novos agendamentos podem utilizar o telefone 135 ou acessar o portal Meu INSS. Em casos de afastamento do trabalho por até 180 dias, o governo recomenda o uso do Atesmed — sistema que permite a realização de perícia documental de forma remota, sem necessidade de comparecimento presencial.
O fim da greve foi resultado de um acordo firmado entre a categoria e o Ministério da Previdência Social, que se comprometeu a restituir os salários descontados ao longo do movimento. A paralisação, que durou 235 dias, é considerada a mais longa já registrada entre os médicos peritos federais, envolvendo cerca de 10% do efetivo.
A Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) reconheceu que o acordo não contemplou todas as reivindicações da categoria, mas avaliou o desfecho como um avanço no processo de negociação. Em nota, a entidade afirmou que o pacto garante segurança funcional aos profissionais e abre caminho para novas tratativas. A categoria ainda busca o cumprimento integral do Termo de Acordo nº 01/2022, assinado anteriormente com o governo federal.
Redação Semear Notícias.