O Instituto Socioeducativo do Acre (ISE), por meio do Centro Socioeducativo Mocinha Magalhães, em Rio Branco, deu um passo importante rumo à ressocialização de adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. Em parceria com diversas instituições estaduais, a unidade feminina inaugurou, nesta semana, um Salão de Beleza e um Viveiro de Mudas de Hortaliças — iniciativas que aliam qualificação profissional, estímulo à autoestima e novas perspectivas de futuro.
Batizado de “Bela Moça”, o salão conta com estrutura completa, incluindo espelhos, cadeiras, lavatórios e climatização, e será o cenário para cursos profissionalizantes de cabeleireiro e manicure. Já o “Viveiro das Moças” abriga mudas de hortaliças como alface, pepino e pimenta-de-cheiro, cultivadas pelas próprias internas que participaram do curso de viveirista.
A ação é fruto da colaboração entre o ISE, Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), Secretaria de Obras Públicas (Seop), Ministério Público do Acre (MPAC) e Secretaria de Agricultura (Seagri). O objetivo é oferecer formação técnica, além de reforçar os pilares que norteiam o trabalho socioeducativo no estado: educação, profissionalização, cultura e esportes.
“Nossas unidades não são locais de punição, mas sim de oportunidades. Acreditamos no poder da transformação por meio da educação e da qualificação. Essas adolescentes merecem recomeçar com dignidade”, destacou o presidente do ISE, coronel Mário Cesar Souza de Freitas.
A promotora Vanessa Muniz, da Vara Especializada em Execução de Medidas Socioeducativas, também participou do evento e reforçou o papel humanizador do projeto. “Hoje, o que vemos aqui é esperança. Este momento é apenas uma fase. O aprendizado adquirido pode mudar o rumo da vida dessas jovens”, afirmou.
A engenheira agrônoma Camila Celuta Maia Pedroza, que acompanhou o curso de viveiristas, celebrou a entrega do viveiro. “Estar aqui com essas meninas, compartilhando conhecimento e contribuindo para o futuro delas, é um presente. A produção de mudas vai além da técnica: é um ato de cuidado e reconstrução”, disse.
As ações fazem parte de uma política de reinserção social que prioriza o desenvolvimento de habilidades práticas, visando à autonomia das adolescentes após o cumprimento das medidas socioeducativas.
Redação Semear Notícias.