Haddad propõe taxação global de super-ricos e alerta para riscos da ascensão da extrema-direita
Durante evento realizado em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamou a atenção para os riscos associados ao avanço de lideranças políticas da extrema-direita, apontando possíveis impactos negativos para o equilíbrio social, econômico e geopolítico do país. Haddad defendeu a necessidade de medidas concretas e coordenadas para enfrentar os desafios atuais, com foco em justiça social e sustentabilidade.
Entre as propostas apresentadas, o ministro destacou a criação de uma taxação universal sobre os super-ricos, cujo objetivo é arrecadar US$ 300 bilhões para a formação de um fundo internacional voltado ao combate à fome e às mudanças climáticas. Segundo Haddad, a iniciativa representa uma resposta urgente a problemas globais que exigem soluções estruturais e colaborativas.
Outro ponto abordado pelo ministro foi a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais. A medida busca aliviar a carga tributária sobre a população de menor renda, alinhando-se ao compromisso do governo Lula de erradicar a fome e promover maior equidade econômica.
Haddad também reforçou a importância do fortalecimento do pensamento progressista em âmbito internacional. Para ele, é essencial que as correntes de esquerda retomem o aprofundamento teórico das relações sociais como base para ações práticas mais eficazes. “A construção de um futuro mais justo depende de alianças sólidas entre teoria e prática, com foco em soluções reais para os desafios do presente”, afirmou.
A fala do ministro reflete o posicionamento do governo federal em favor de reformas estruturais que visem não apenas o crescimento econômico, mas também a redução das desigualdades e o enfrentamento das emergências globais.