Governo do Acre Mobiliza Equipes para Assistência às Famílias Afetadas pela Cheia do Rio Acre

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Após o rio Acre ultrapassar a cota de alerta, atingindo 13,68m na tarde deste domingo (9), o governo do Estado, que já acompanhava de perto a situação, mobilizou equipes da Defesa Civil Estadual, da Secretaria de Estado da Casa Civil (SECC) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBMAC) para prestar assistência às primeiras famílias afetadas e encaminhá-las para um abrigo temporário.
Ao todo, 25 pessoas foram removidas de uma residência no bairro da Base. Por se tratarem de famílias indígenas, a Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi) também participou da ação assistencial. O coordenador da Casa Civil, Ítalo Medeiros, informou que essas são as primeiras famílias atingidas pela cheia que necessitam de abrigo.

Ítalo Medeiros, coronel Carlos Batista da Defesa Civil Estadual e coronel Charles Santos, comandante do CBMAC. Foto: Lamlid Nobre

“Elas estão sendo levadas para um abrigo provisório do Estado até que a estrutura do Parque de Exposições seja concluída e possam ser remanejadas para lá. No momento, estamos retirando essas famílias da área de risco e garantindo que fiquem sob os cuidados do Estado”, explicou.

Medeiros destacou ainda que o governo tomou medidas antecipadas para evitar maiores transtornos. “Estamos conduzindo o trabalho com calma e nos adiantando para minimizar os impactos futuros”, afirmou.

Famílias estão abrigadas em abrigo estadual. Foto: Diego Gurgel/Secom
Rio Começa a invadir casas no bairro da Base, na capital. Foto: Lamlid Nobre

Além da capital Rio Branco, o plano de resposta já está preparado para atender municípios como Tarauacá, Feijó, Epitaciolândia, Brasiléia, Xapuri, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul, onde uma sala de situação foi montada e embarcações e outros recursos estão disponíveis.

Defesa Civil alerta para novas remoções

O coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista, alertou a população que reside em áreas de risco para que se prepare para uma possível remoção caso o nível do rio continue subindo.

“Estamos em estado de alerta máximo, com toda a estrutura do governo mobilizada para prestar assistência rápida e eficiente aos bairros mais afetados. Juntamente com a Defesa Civil Municipal de Rio Branco, seguimos monitorando a situação para reduzir ao máximo os impactos das inundações”, ressaltou.

CBMAC auxilia na remoção dos bens das famílias desabrigadas. Foto: Lamlid Nobre

A Defesa Civil também acompanha a situação dos rios no interior do estado, como o Purus, o Tarauacá e o Juruá. Segundo o coronel Batista, em Cruzeiro do Sul o nível do rio já ultrapassou a cota de transbordamento, exigindo atenção redobrada.

Remoção de indígenas exige atenção especial

Entre as famílias remanejadas para o abrigo temporário, predominam as etnias Yawanawá e Huni Kuin. Ao todo, seis grupos familiares que viviam coletivamente em uma moradia de madeira às margens do rio Acre foram deslocados.

Valdeli Huni Kuin, morador do local e pai de família, destacou que a assistência do Estado chegou no momento certo. “Já estávamos preocupados, embora a água ainda não tivesse invadido a casa. Em outros anos, quando a ajuda chegava, a água já estava no segundo piso. Dessa vez, estamos sendo resgatados antes da situação piorar”, relatou.

Família de Valdeli foi uma das primeiras a ser removida no bairro da Base. Foto: Lamlid Nobre
Equipes da Sepi auxiliaram no processo de remoção dos desabrigados, que são indígenas. Foto: Diego Gurgel/Secom

A diretora da Sepi reforçou que o atendimento às famílias indígenas exige um cuidado especial, garantindo não apenas abrigo e alimentação, mas também respeitando a cultura e a comunicação das comunidades. “São mulheres, crianças, adolescentes, idosos e homens que precisam de um atendimento diferenciado, para que se sintam acolhidos e consigam expressar suas necessidades com mais facilidade”, explicou.

 

 

Redação Semear Notícias. 

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