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Ex-funcionário da Ricco denuncia perseguição e demissões no transporte coletivo de Rio Branco

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Ex-sindicalista denuncia perseguição a trabalhadores da empresa Ricco em audiência na Câmara de Rio Branco

Durante sessão na Câmara Municipal de Rio Branco nesta quarta-feira (9), o ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes e Cargas do Acre (SINTTPAC), Francisco Leite Marinho, denunciou supostas perseguições a funcionários da empresa Ricco, responsável pela operação do transporte coletivo da capital. Segundo ele, o clima entre os trabalhadores é de medo e repressão.

Marinho afirmou que foi demitido sem justa causa após anunciar sua intenção de disputar novamente a presidência do sindicato. “Foi retaliação”, disse. Sem vínculo empregatício, ele está impedido de concorrer ao cargo.

Em discurso na tribuna popular, o ex-sindicalista relatou um ambiente de intimidação entre os colaboradores da empresa. “Hoje está tendo uma reivindicação por atraso de salário, mas os trabalhadores têm medo de comparecer porque estão sujeitos à retaliação”, afirmou. “Nossa categoria vive sofrendo, não pode reivindicar nada que é mandada embora.”

Marinho apelou aos vereadores para que cobrem da prefeitura a realização da nova licitação do transporte público, com o objetivo de diversificar a operação e reduzir a dependência da Ricco, que atua em caráter emergencial desde 2021. “Hoje, se tiver 70 ônibus rodando é muito. Os carros que estão circulando têm 10, 12 anos de uso”, criticou.

Líder do prefeito Tião Bocalom (PL) na Câmara, o vereador Rutênio Sá (PP) reconheceu entraves no andamento do processo licitatório. Segundo ele, a demora está relacionada a divergências entre a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans) e a Comissão de Licitação.

“Conversei com o Dr. Erick, presidente da Comissão de Licitação, e ele relatou uma falta de entendimento com a RBTrans. O prefeito tem cobrado bastante uma solução para esse impasse”, afirmou o parlamentar, que se comprometeu a intermediar o diálogo entre os setores técnicos e o Legislativo.

A licitação para o transporte coletivo de Rio Branco é aguardada desde que a Ricco assumiu o sistema há mais de três anos. O contrato emergencial tem sido alvo de críticas por falhas no serviço e pelas condições de trabalho dos empregados.

Redação Semear Notícias. 

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