O Conselho Regional de Odontologia do Acre (CRO-AC) se manifestou publicamente nesta quinta-feira (14) sobre a reportagem do ContilNet que trata de denúncias contra o odontólogo e ex-prefeito de Senador Guiomard, André Maia, acusado de realizar um procedimento invasivo em uma paciente.
A denunciante procurou a reportagem e enviou um vídeo mostrando André realizando o procedimento que ela classificou como ilegal para a profissão dele. Nas imagens, a paciente está deitada em uma cadeira de dentista. Maia parece inserir e retirar, por várias vezes, um tubo na região da barriga dela.
O especialista em harmonização orofacial negou as acusações e afirmou que o procedimento se trata de “aplicação de enzimas para gordura” e que o fez acompanhado de uma biomédica: “Isso não é lipo, não… […] Enzimas, e estou com uma biomédica junto”.
O CRO-AC, consultado, disse que tomou conhecimento do caso e está tomando as medidas legais.
“O Conselho Regional de Odontologia do Acre vem a público se manifestar sobre denúncias veiculadas na imprensa local quanto à suposta prática de procedimentos indevidos por parte de um odontólogo do estado. O CRO-AC destaca que acompanha o caso com atenção e que está adotando todas as medidas legais cabíveis”, disse em nota.
“Vale ressaltar que este conselho, por definição, preza pelo devido exercício da profissão e não compactua com possíveis atos irregulares”, concluiu.
CRM também se manifestou
O site também entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina (CRM) para obter informações sobre o caso. Em nota, o órgão afirmou que “procedimentos estéticos invasivos são de execução exclusiva dos médicos”.
“O Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) reforça que a Lei do Ato Médico determina que procedimentos estéticos invasivos são de execução exclusiva dos médicos, garantindo a segurança dos pacientes”, frisou.
O órgão também fez questão de afirmar que procedimentos invasivos precisam ser realizados em ambientes adequados. Além disso, pontuou que, diante do caso, buscará a responsabilização criminal pelo exercício ilegal da medicina.
“O CRM-AC alerta que tais procedimentos devem ser realizados em ambiente adequado, com normas sanitárias rigorosas e estrutura para suporte à vida, visando minimizar riscos e assegurar a qualidade da assistência. Diante da denúncia, o CRM-AC adotará todas as medidas necessárias para buscar a responsabilização criminal pelo exercício ilegal da medicina, bem como ingressará com Ação Civil Pública junto à Justiça Federal para impedir que tais práticas voltem a ocorrer, protegendo a saúde da população”, finalizou.