Os 50 anos da Expoacre também foi marcado por um importante avanço em inclusão: um espaço exclusivo e adaptado para Pessoas com Deficiência (PCDs), com estrutura apropriada para cadeirantes, autistas, surdos e cegos.
Foi por meio dessa iniciativa que o pequeno Alex de Lima, uma criança com autismo, conseguiu assistir ao rodeio pela primeira vez. Antes, ele apenas passeava pelos estandes do evento, mas não permanecia na arena.

Segundo a mãe, Naimara de Lima, o filho não se sentia confortável em meio à multidão e ao barulho. “Ele não conseguia assistir, logo queria ir embora. Hoje ele está conseguindo ver, ainda não tinha assistido ao rodeio”, relatou.
A família veio de Senador Guiomard especialmente para participar de mais uma edição do evento, em Rio Branco, e elogiou a estrutura pensada para acolher pessoas com deficiência. “Achei de extrema importância. É um espaço confortável, aconchegante, com ambiente fechado. Me surpreendi, porque isso faz toda a diferença para nós”, completou.

Naimara contou que soube da existência do espaço por meio de outra mãe, que viu seu filho usando o cordão de identificação do autismo. “Ela me falou, e eu vim atrás. Nem estava acreditando que tinha. Amei. Agora ele está podendo ver tudo”, comemorou.
Surgimento do espaço
A criação do espaço partiu da articulação de um grupo de pessoas com deficiência que atua junto ao governo do Acre. Ao identificarem a necessidade, procuraram apoio direto do governador Gladson Cameli.
“O governador disse que era possível, e que conseguiria um local para os autistas, para os cegos, para os cadeirantes e para os surdos também”, contou Joana Dark, responsável pelo espaço.
Joana também ressaltou que a acessibilidade foi garantida não apenas no rodeio, mas também nos shows realizados durante o evento. “Temos espaços tanto no rodeio quanto nos shows onde os artistas se apresentam. É uma parceria do movimento PCD com o governo do Acre”, finalizou.