O Acre enfrenta um agravamento no cenário das arboviroses em 2025, especialmente com relação à dengue e ao zika vírus, conforme dados divulgados no mais recente Boletim Epidemiológico Semanal da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).
Nas primeiras 14 semanas do ano, os casos prováveis de dengue mais que dobraram em comparação com o mesmo período de 2024 — um aumento de 156,83%. O número saltou de 2.643 registros no ano passado para 6.788 em 2025. A incidência da doença atingiu 770,8 casos a cada 100 mil habitantes, com três mortes confirmadas. Os sorotipos DENV-1 e DENV-2 foram detectados em 21 municípios.
O zika vírus apresentou elevação ainda mais acentuada, com crescimento de 321,8% nos casos prováveis. Foram 232 registros este ano, contra 55 em 2024. A incidência chegou a 23,3 por 100 mil habitantes, com 15 casos confirmados e nenhum óbito registrado até o momento. O surto se espalhou por 11 municípios.
Já a chikungunya, apesar de apresentar um crescimento mais contido, com 11,7% de aumento, preocupa autoridades sanitárias. Em 2025, foram notificados 162 casos prováveis, com ocorrências em 14 municípios.
Diante do avanço dessas doenças, a Sesacre reforça a importância da mobilização coletiva para eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor das três arboviroses. A população é orientada a redobrar os cuidados com recipientes que acumulam água e a buscar atendimento médico ao surgirem sintomas como febre alta, manchas na pele, dores no corpo e nas articulações.
Redação Semear Notícias
