O Acre conquistou destaque durante a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada em Brasília, com diversas propostas fundidas a outras iniciativas regionais e inseridas entre as 100 políticas públicas nacionais voltadas ao enfrentamento dos impactos da crise climática. A conferência foi encerrada nesta sexta-feira (9), com foco no desafio da transformação ecológica e da resposta à emergência climática.
As contribuições do estado partiram de sugestões definidas nas conferências municipais, encontros livres e grupos de trabalho formados durante a etapa nacional. De acordo com a secretária adjunta de Meio Ambiente do Acre, Renata Souza, as proposições locais foram discutidas e integradas ao documento final. “Fomos contemplados em áreas estratégicas como educação ambiental, fortalecimento dos brigadistas, justiça climática e orçamento ambiental”, destacou.
Entre as 100 propostas aprovadas, 10 foram classificadas como prioritárias, com previsão de execução imediata. Uma das principais é a destinação de 5% dos orçamentos federal, estaduais e municipais à área ambiental, nos moldes do que já ocorre com setores como Saúde, Educação e Segurança. A medida exige mudança legislativa, e o Ministério do Meio Ambiente deve iniciar articulações junto ao Congresso Nacional e à Presidência da República para viabilizá-la.
Segundo Renata Souza, a conferência proporcionou a integração entre diferentes áreas da gestão pública. “Conseguimos unificar debates sobre meio ambiente, assistência social, justiça climática, infraestrutura e urbanismo, o que fortalece a elaboração de políticas efetivas de adaptação e mitigação dos impactos climáticos”, ressaltou.
A delegação acreana foi composta por representantes do governo estadual, prefeituras e membros da sociedade civil. Todos participaram ativamente da formulação das propostas ao longo do evento, encerrado com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e outras autoridades federais.
As prioridades nacionais aprovadas contemplam os cinco eixos definidos na conferência: Mitigação, Preparação e Adaptação para Desastres, Justiça Climática, Transformação Ecológica, e Governança e Educação Ambiental. O plano de implementação das ações se estende pelos próximos cinco anos, com foco em soluções sustentáveis e integradas para o enfrentamento da crise ambiental no país.
Por: Redação Semear Notícias.