Acre recebe primeiro lote de sal boliviano para produção de suplemento mineral bovino

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O Governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), acompanhou na manhã desta quinta-feira (17) a chegada do primeiro lote de sal importado do Salar de Uyuni, no sudoeste da Bolívia. A carga de 28 toneladas foi adquirida pela empresa acreana Nutrisal, em parceria com a companhia boliviana Arsagem SRL.

A matéria-prima, vinda do maior deserto de sal do mundo, conhecido pela sua pureza e elevado valor mineral, será utilizada na fabricação de sal mineral destinado à suplementação nutricional do rebanho bovino acreano. A expectativa é que o produto final alcance alto padrão de qualidade, atendendo de forma mais eficiente a demanda do setor agropecuário local.

O secretário da Seict, Assurbanípal Mesquita, esteve presente na sede da Nutrisal, no Distrito Industrial de Rio Branco, para acompanhar a chegada da carga. “Essa importação representa mais do que uma operação comercial; é um exemplo de como o Acre pode fortalecer sua economia por meio da integração regional e do apoio ao setor produtivo local”, destacou.

Mesquita ressaltou que o governo do Estado tem trabalhado para tornar as indústrias acreanas cada vez mais competitivas. “O governador Gladson Cameli tem dado total apoio ao setor produtivo, criando condições para atrair novos mercados. Isso tem refletido no crescimento das exportações e, agora, também nas importações estratégicas”, disse.

A negociação entre as empresas foi viabilizada com o apoio do governo estadual, que vem promovendo ações para diversificar a matriz econômica acreana e fortalecer o ambiente de negócios no estado. A expectativa é de que novas parcerias internacionais sejam firmadas nos próximos meses.

O empresário Esmerino Ribeiro do Valle Neto, da Nutrisal, afirmou que a importação do sal boliviano reduz custos logísticos e tempo de entrega. “Antes o produto vinha do Nordeste, percorria cerca de 5 mil quilômetros. Agora, pela Rota Quadrante Rondon, são cerca de 1,5 mil quilômetros, o que garante mais rapidez e qualidade”, explicou.

Com capacidade para produzir 500 toneladas de sal mineral, o que representa 20% da demanda interna, Ribeiro revelou planos de expandir a produção e exportar para Bolívia e Peru. “Essa é uma carga piloto. Com a redução de custos, queremos dobrar a produção e criar um segundo turno de trabalho, gerando mais empregos”, destacou.

Ribeiro também é proprietário da empresa Bootnorte, que já exporta calçados para Puerto Maldonado, no Peru, e agora estuda ampliar sua atuação para a Bolívia e outros países andinos, utilizando a rodovia do Pacífico como corredor logístico.

A empresária boliviana Anelys Salazar, sócia da Arsagem SRL, informou que já existem propostas para ampliação das entregas. “Além do sal, pretendemos apresentar um novo portfólio de produtos, como fertilizantes, que interessam ao setor agropecuário acreano”, afirmou.

 

Redação Semear Notícias

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