Durante uma visita para apurar uma denúncia envolvendo crianças em situação de vulnerabilidade, os profissionais foram surpreendidos e tiveram o veículo oficial arrombado e seus pertences furtados.
O caso, foi denunciado ao programa Gazeta Alerta, da TV Gazeta pela conselheira Terezinha, que relatou que não é um fato isolado: episódios de agressões, ameaças e depredações têm sido recorrentes no exercício da função. “Foi mais uma situação em que a gente estava realizando um atendimento e, ao retornar para o carro, encontramos o vidro quebrado e nossos pertences levados. Já aconteceu de mães invadirem o conselho depois que aplicamos medidas, de quebrarem carros e até mesmo de reagirem durante atendimentos na rua. Nós estamos ali para garantir os direitos das crianças e adolescentes, mas muitas vezes acabamos sendo alvo de violência”, relatou a conselheira.
Segundo ela, em situações que oferecem maior risco, o Conselho Tutelar solicita apoio imediato da Polícia Militar, mas nem sempre é possível prever a gravidade de um atendimento. O caso no Belo Jardim, por exemplo, era considerado uma visita tranquila e não contou com acompanhamento policial. “Não temos nenhum tipo de segurança permanente. Quando necessário, chamamos a viatura, mas fora isso não há garantia legal de termos um profissional da área da segurança para nos acompanhar”, afirmou Terezinha.
A ausência de medidas protetivas preocupa, já que os conselheiros lidam diariamente com contextos que envolvem violência doméstica, dependência química e transtornos psiquiátricos. O próprio prédio do conselho já foi invadido em outras ocasiões, reforçando o alerta para a vulnerabilidade dos profissionais.
O apelo, agora, é para que as autoridades avaliem a inclusão de equipes de apoio ou escoltas em atendimentos de risco, preservando quem está na linha de frente da defesa dos direitos infanto-juvenis.