A Confederação Israelita do Brasil (Conib) reagiu com veemência às declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante uma coletiva de imprensa em Moscou, nas quais ele classificou as ações de Israel na Faixa de Gaza como um genocídio cometido sob o “pretexto de matar terroristas”. Na ocasião, Lula mencionou um episódio em que, segundo ele, o exército israelense teria bombardeado um hospital onde estariam apenas mulheres e crianças.
Em nota oficial, a Conib classificou as afirmações como “irresponsáveis e antissemitas” e afirmou que o presidente brasileiro estaria reproduzindo acusações históricas contra judeus. “Acusar judeus de matar crianças é uma das formas mais antigas e deploráveis de antissemitismo”, destacou o texto, expressando preocupação com os possíveis reflexos das falas presidenciais para a comunidade judaica no Brasil.
O presidente da entidade, Claudio Lottenberg, também criticou a aproximação do governo brasileiro com nações como Irã e Rússia, que, segundo ele, têm histórico de antagonismo com Israel. A Conib reiterou que o Hamas foi o responsável por deflagrar o atual conflito e acusou o grupo terrorista de usar civis como escudos humanos.
A organização pediu que o presidente adote uma postura mais equilibrada e responsável diante de um cenário que exige cautela e respeito. “O que falta nas falas do presidente Lula sobre o conflito é uma verdade: o Hamas iniciou essa guerra terrível e se esconde atrás da população civil e de reféns israelenses para promover sua visão, aí sim genocida, de exterminar Israel e judeus”, afirmou a entidade.
Por: Redação Semear Notícias.
