Weverton: o herói acreano de mãos firmes no domingo da Ressurreição

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No domingo em que milhões de cristãos celebraram a ressurreição de Cristo, um goleiro acreano viveu sua própria Páscoa diante do Brasil. No calor da Arena Castelão, em Fortaleza, com o relógio marcando 47 minutos do segundo tempo e o Palmeiras à beira de ceder o empate, brilhou a estrela — ou talvez seja melhor dizer: a fé — de Weverton Pereira da Silva.

O Campeonato Brasileiro chegava à sua quinta rodada. O Flamengo, líder até ali, empatara sem gols no sábado com o Vasco da Gama. No domingo, o Palmeiras visitava o Fortaleza em busca da liderança. No primeiro tempo, parecia tranquilo: 2 a 0 para o Verdão. Mas o “Leão do Pici” reagiu, inflamado por sua torcida e pelo orgulho de jogar em casa.

Aos 47 minutos da etapa final, um pênalti. A bola da igualdade nos pés do Fortaleza. Um estádio em suspense. E ali, debaixo das traves, não estava apenas um goleiro. Estava um homem de fé, um filho do Acre, um profissional que jamais se esconde nos momentos grandes.

Weverton respirou fundo, fez sua oração silenciosa — como faz antes de cada cobrança — e partiu para o milagre. Com firmeza e precisão, defendeu o chute e selou a vitória do Palmeiras. Não apenas evitou o empate: consagrou-se como símbolo de entrega, coragem e liderança.

Como Moisés diante do Mar Vermelho, o goleiro palmeirense estendeu os braços e viu o caminho se abrir. Na metáfora da fé, ele guiou o seu povo — o time alviverde — a mais uma terra prometida: a liderança do Brasileirão.

Weverton não é apenas um atleta de elite. É um cristão convicto, um homem de oração que não tem vergonha de declarar sua fé. Em entrevistas, sempre fala com humildade, agradece a Deus e se mostra exemplo dentro e fora de campo. Sua conduta inspira jovens no Acre e no Brasil inteiro — e mostra que é possível ser campeão com caráter, convicção e disciplina.

Neste domingo da Páscoa, a ressurreição se manifestou também nas mãos de um goleiro. Mãos que oram, que trabalham, que defendem — e que escrevem com luvas a história de um menino que saiu de Rio Branco para se tornar gigante no futebol brasileiro.

A vitória foi do Palmeiras. A liderança mudou de mãos. Mas o maior símbolo daquela tarde foi um homem de fé que, no momento mais tenso do jogo, teve calma, teve coragem — e teve Cristo no coração.

 

Colunista / Marcelo Mesquita

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