As exportações do estado do Acre cresceram 63,93% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e de Serviços e apontam que o estado movimentou mais de US$ 25,7 milhões em vendas internacionais, frente aos US$ 15,6 milhões registrados em 2024.
Entre os produtos mais comercializados, a carne bovina lidera a pauta de exportações, com um volume superior a US$ 8,23 milhões. Em seguida aparecem a castanha (US$ 5,6 milhões) e a soja (US$ 4,8 milhões). Também se destacaram as exportações de carne suína, ferro e aço.
Os principais destinos dos produtos acreanos foram Peru, China, Espanha, Emirados Árabes e Malásia. Segundo o governador Gladson Cameli, o crescimento reflete o potencial produtivo do estado: “Com solo e clima favoráveis, o Acre é um lugar de grandes oportunidades. Apostamos no agronegócio e os resultados mostram que estamos no caminho certo.”
De acordo com o secretário de Agricultura, José Luiz Schafer, o “Tchê”, a abertura de mercados externos para soja e milho tem impulsionado as exportações de carnes. “O próximo passo é agregar mais valor aos nossos produtos, investindo em industrialização e diversificação da pauta exportadora”, afirmou. Ele também chamou atenção para os efeitos das mudanças climáticas na produção agrícola.
O avanço do comércio internacional é resultado de ações integradas entre órgãos estaduais como Idaf, Seagri, Seict e Anac, com apoio à certificação sanitária, incentivos fiscais, articulação com o setor privado e promoção em feiras internacionais.
Segundo o secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia, Assurbanípal Mesquita, o governo também tem trabalhado para estimular negócios com países vizinhos. “Estamos levando nossos produtos para o mundo, apoiando os empresários locais e mostrando a força do Acre no cenário internacional”, afirmou.
O setor empresarial tem acompanhado esse movimento com novos investimentos. Somente o setor de proteína animal registrou aportes de R$ 120 milhões, sendo R$ 82 milhões no segmento de suínos. Já o setor de frutas e castanha tem investimentos programados da ordem de R$ 150 milhões.
“O empresariado está acreditando no estado, investindo pesado. E os resultados estão aparecendo, com mais negócios e geração de empregos”, completou Mesquita.
Redação Semear Notícias