O futebol brasileiro morreu. Ou, pelo menos, foi isso que a torcida argentina quis simbolizar ao pedir, ironicamente, um minuto de silêncio para a Seleção Brasileira no estádio. E convenhamos, fazia sentido. O Brasil entrou em campo como um time pequeno, sem identidade, sem organização e pior, sem alma. O resultado? Uma goleada humilhante para a Argentina, atual campeã do mundo e bicampeã da Copa América.
Não foi apenas uma derrota. Foi um vexame. Desde o primeiro minuto, o Brasil se mostrou desorganizado, perdido em campo, enquanto a Argentina parecia estar em um treino de luxo. A Albiceleste dominou o jogo como quis, trocando passes com facilidade, explorando os espaços generosos deixados pelo sistema defensivo brasileiro e impondo um ritmo que o time de Dorival Júnior simplesmente não conseguiu acompanhar.
O Brasil não conseguiu sequer esboçar uma reação. Pouco atacou e foi massacrado pelo ataque argentino, que, se tivesse sido mais eficiente, poderia ter aplicado uma goleada ainda maior. Foi um jogo constrangedor de assistir. Se o 7×1 contra a Alemanha foi um choque, essa derrota para a Argentina foi o retrato fiel de um Brasil que já não consegue mais jogar futebol minimamente competitivo.
E agora? O que fazer?
A verdade é que Dorival Júnior já teve tempo suficiente para dar padrão à equipe. Não conseguiu. Não houve química entre ele e a Seleção, e a impressão que fica é que não haverá. Manter o treinador às vésperas de uma Copa do Mundo seria um erro. A CBF precisa agir agora.
Alguns jornalistas já especulam o nome de Filipe Luís para assumir o comando. Um grande estudioso do futebol, sim, mas ainda inexperiente para liderar uma Seleção que precisa de resultados imediatos. A solução ideal? Jorge Jesus. O ex-treinador do Flamengo tem tudo o que o Brasil precisa neste momento: expertise, experiência e desejo de comandar a Seleção. Sabe trabalhar sob pressão, tem histórico vencedor e, principalmente, sabe montar times organizados.
O Brasil está em crise. E o pior: não há tempo a perder. Se a CBF não tomar uma decisão rápida e acertada, a Seleção Brasileira poderá viver um novo 7×1 — mas agora, sem sequer a surpresa do inesperado. Será apenas mais um capítulo de uma tragédia anunciada.
Colunista/ Marcelo Mesquita.
Analista Esportivo.