Policial Militar Acreana Atua na Operação Contra Garimpo Ilegal na Terra Indígena Yanomam

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Com a missão de expulsar invasores e desativar pontos de garimpo ilegal na Reserva Indígena Yanomami, localizada nos estados de Roraima e Amazonas, a sargento Gesitania Nascimento, da Polícia Militar do Acre, integra a equipe da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP). Sua atuação visa impedir a degradação ambiental e proteger a sobrevivência dos povos originários.

Desde agosto de 2024, a sargento tem trabalhado na localização de áreas de extração ilegal de ouro e na destruição de equipamentos utilizados pelos garimpeiros, em parceria com outras instituições. As operações exigem longas caminhadas pela densa floresta para identificar e desativar pontos de exploração clandestina.

Para Gesitania, apesar dos desafios enfrentados, o trabalho é recompensador. “Atuar na Amazônia é desafiador, mas gratificante, pois sabemos que estamos lutando por algo muito maior do que nós. Nosso esforço reflete diretamente na sobrevivência dos Yanomamis”, afirma a sargento.

A Terra Indígena Yanomami, situada na fronteira entre Brasil e Venezuela, abrange mais de nove milhões de hectares e, devido à abundância de minerais e pedras preciosas, tem sido alvo constante de exploradores ilegais. A extração desenfreada de ouro provoca erosão, poluição dos rios e a disseminação de doenças nas aldeias, agravada pelo uso de mercúrio, um metal altamente tóxico.

Para conter essa degradação, o governo federal lançou a operação Desintrusão da Terra Indígena Yanomami, que reúne, além da FNSP, órgãos como a Polícia Federal (PF), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e outras entidades reguladoras.

As incursões na floresta são arriscadas, exigindo que os agentes passem despercebidos pelos garimpeiros, que frequentemente estão armados. O acesso aos locais clandestinos é feito inicialmente por helicóptero, seguido por horas de caminhada pela mata densa. Além da militar acreana, mulheres de diferentes estados também integram a equipe, demonstrando a crescente participação feminina na linha de frente da proteção ambiental e dos direitos indígenas.

 

Redação Semear Notícias. 

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